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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Siddhartha de Hermann Hesse, por Sandra Marques

Siddhartha de Hermann Hesse

Hoje remeto-vos para algo completamente diferente das anteriores obras, excepto num aspecto… a excelência da escrita.

O autor? Tão somente Nobel da literatura em 1946, penso que diz tudo.

Siddhartha, a personagem principal nasce na Índia no século VI a.C., filho de um brâmane e vive toda a infância e juventude longe das misérias do mundo. A certa altura, abdica de toda esta vida luxuosa e parte em peregrinação pelo país, onde toma conhecimento da pobreza e miséria aí existentes. Na sua viagem existencial experimenta de tudo, inicia-se nos jogos de amor, experimenta o jejum absoluto e escolhe o caminho intermédio, libertando-se dos apelos dos sentidos e encontrando a paz interior.

O homem que tudo teve, de tudo abdicou, e no final tornou-se barqueiro num rio junto ao sábio Vasudeva e só então conhece a redenção.

Numa época em que se apregoa que o tempo é tão precioso, onde vale mais o que temos, do que aquilo que somos, podemos deixar-nos conduzir, através desta obra, para uma viagem interior.

Siddhartha teve tudo e de tudo desistiu, a riqueza, o amor – o prazer carnal e o amor a um filho, a sabedoria dos samanas, a doutrina de Gotama – Buda. Ainda assim ele percebeu que não chegava, por mais que admirasse a sua doutrina.

Foi como barqueiro, com o ancião e sábio Vasudeva, na simplicidade da sua vida e da riqueza do silêncio do rio, que ele percebeu e encontrou o que tanto procurava… O SER UNO!

Um livro a não perder!

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