Sintra

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Sintra - Portugal vale a pena!

domingo, 28 de novembro de 2010

UM OUTRO FINAL PARA AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO CASTELO BRANCO


O Outro Mundo seria o Paraíso, local de reencontro de Simão e Teresa. Esta, com apenas dezoito anos, faleceria ao romper da aurora, numa agonia terrível.
O jovem, filho de Domingos Botelho e Rita Preciosa, pereceria de febre maligna, no beliche do navio no qual embarcara para o exílio, desesperado por não ter podido casar com Teresa e tentando não perceber (geralmente olhava para o lado, ou assobiava), que Mariana o amava de uma forma lancinante.
Mariana atirar-se-ia ao mar, um pouco antes do cadáver de Simão ser lançado às profundezas do Atlântico. A filha de João da Cruz morreria perto de Simão e, à tona da água, surgiriam os testemunhos daquele amor mítico entre Simão e Teresa, em forma de correspondência.
ALTO AÍ!
As três personagens reunidas em consílio reivindicativo, deliberaram que o final desta novela de capa e espada não seria bem assim! Em carta formal indicada para o efeito, revelaram a Camilo a sua indisponibilidade para um fim tão trágico e hediondo. Isto, apesar de respeitarem as memórias da família Castelo Branco e, sobretudo, o autor.
Teresa, Mariana e Simão pretendiam assumir a grandeza e a vida de homónimos famosos. Assim, Simão emigrou para Madrid onde se tornou um extremo-esquerdo de renome. Sempre que transpunha os balneários do Vicente Calderon, o estádio vinha abaixo e os colchoneros não lhe poupavam elogios. As memórias de Teresa conservou-as em forma de tatuagem, no braço esquerdo. Mariana também emigrou, mas para o reino de Inglaterra, para Sherwood, onde casou com o famoso Robin Hood. Teresa ficou em Portugal, mas com um outro nome: Teresa de Leão. Seria a mãe do mítico Rei-Fundador!
A Camilo nada mais restou do que substituir Teresa, Mariana e Simão por outras personagens, copiando descaradamente as personagens de uma outra obra romântica. Assim, Eurico acabou por ser Simão, Teresa foi substituída por Hermengarda e Mariana por Pelágio.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ERRARE HUMANUM NON EST




Se Camões desse erros de ortografia, a primeira estância de Os Lusíadas teria sido escrita da seguinte forma:

“As armas e os barois acinalados,
Que da Ocidetal praia luzitana,
Por mares nunca dantes navegados
Paçaram inda além da Taprubana,
E em prigos e guerras isforçados
Mais do que prumetia a forssa umana,
E entre gente remota idificaram
Novo reino, que tanto sublimarão”

Por Luís Vás de Camois, iscrito, apóz dez anos de trabalho, numa obra ititulada Os Luzíadas

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UMA OUTRA VIAGEM À ÍNDIA (A PARTIDA)




Colocou no nariz afilado os óculos de lentes grossas e redondas. Conseguia finalmente vislumbrar o Mosteiro dos Jerónimos, apesar de estar a cinco metros do luminoso edifício manuelino. Não…era para o outro lado!
Distraído, remexeu no bolso do gibão escarlate e de lá retirou um amarrotado pacote com uma dúzia de pastéis de Belém, que deglutiu com satisfação. Bolos crocantes como aqueles não havia!
O tornozelo esquerdo impediu-lhe a marcha em passo acelerado até à garbosa frota que reluzia no Tejo azul. No entanto uma sombra acastanhada denunciava a presença da Bérrio.
V.G – Então Nicolau Coelho, já haveis aspirado a proa o vosso navio? Haveis lavado os espelhos retrovisores? Haveis inspeccionado o radar? – Inquiriu, numa pronúncia alentejana que denunciava as suas origens. Estava intrigado, pois não ouvia o soar de qualquer voz humana. Voltou a limpar os óculos embaciados e conseguiu distinguir um carvalho frondoso diante do qual estancara. Raio de árvore!
Avançou, finalmente, para a S. Gabriel. A entrada foi penosa porque, por vezes, os seus passos não encontravam a superfície sólida da prancha de madeira.
A azáfama, ao redor da frota, era grande. Os marinheiros, num vaivém constante, traziam mantimentos para o interior da S. Gabriel: carne salgada, panquecas, pacotes de batata frita e umas quantas grades de cerveja, que cairiam que nem ginjas, quando assistissem às jogatanas do Benfica, em plasmas estrategicamente colocados para o efeito, na vetusta caravela.
Partiram do Restelo. Era sábado, 8 de Julho de 1497. O relógio de Vasco da Gama marcava cinco horas, vinte e sete minutos e trinta segundos. Enquanto o capitão acenava para os lados de Almada, o seu imediato interpelou-o:
Imediato – Senhor, afinal qual é o objectivo desta viagem?
V.G – Não sabeis?! Quero conhecer, pessoalmente, o grande pacifista Gandhi!
E continuou – Quero saber mais sobre a indústria cinematográfica indiana. Conhecer Bollywood! Conheceis?
Imediato – Só do “National Geografic", Senhor!
V.G – Que filmes! E que actores: Shahrukh Khan, Aishwarya Rai! Pois para lá chegarmos precisamos disto (apontando para uma bússola)! E disto (balestilha)! E mais disto (sextante)!
Apontava, com orgulho, para os mais recentes instrumentos de navegação, que brilhavam numa mesa de confecção sueca.
V.G – Hoje sou eu que conduzo – e dirigiu-se ao leme. A S. Gabriel fez então uma perigosa curva e a proa ainda chegou a roçar na Torre de Belém. Mas o ziguezague do navio-mor não confundiu as restantes embarcações, que serenas e em fila indiana se dirigiram rumo ao Oriente e à cidade de Calecut.

domingo, 21 de novembro de 2010

teste do 7º ano

A estudar:

I
Notícia/artigo de opinião
Entrevista
Carta formal e informal
Publicidade
Banda desenhada e cartoon

II
Nomes (subclasse)
Nomes (variação)
Subclasses do adjectivo e graus
Verbos (tempos do Indicativo e conjuntivo; formas nominais)

III
A Ilha do Tesouro, até ao último capítulo dado em aula.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

teste do 9º ano

I - Interpretação

Auto da Barca do Inferno até à cena do Enforcado.

II - Gramática
II.1 - Conjugação perifrástica
II.2 - Tempos compostos
II.3 - Verbos conjugados com o pronome
II.4 - Transformação voz activa/passiva
II.5 - processos fonéticos de transição
II.6 - análise morfológica de uma frase

III - Composição

Temas: Auto da Índia e/ou conto de Eça de Queiroz "Civilização".

domingo, 14 de novembro de 2010

INQUÉRITO/CONCURSO SOBRE FÁBULAS DE ESOPO


(Deixamos-te, mais abaixo, um inquérito para escolheres qual a fábula da tua preferência)

ESOPO (breve nota biográfica) - O autor terá presumivelmente vivido entre 620 a.C. e 560 a.C.. Não se sabe a sua terra de origem, provavelmente terá sido Samos, na actual Grécia. Heródoto considerou que Esopo teria tido uma morte violenta. Outros escritores chegam a negar a própria existência de Esopo. E, actualmente, chega-se a negar que as famosas fábulas não eram da sua autoria, mas sim recolhas de histórias de todo o mundo antigo. Na Idade Média existiram três colectâneas destas fábulas… cuja actualidade é indiscutível!

SELECÇÃO ALEATÓRIA

FÁBULA 30

Um veado a olhar para a água

Um veado estava a beber num charco, quando viu o seu próprio reflexo na água. “Ah!” - disse ele com admiração. “- Que magníficas hastes eu tenho e como se erguem graciosamente na minha cabeça! Contudo, tenho umas pernas pouco graciosas e sinto vergonha por serem tão compridas e feias.” Enquanto dizia estas palavras, o veado assustou-se com o alarido de uma matilha de cães. Depressa se afastou da água e correu pelos campos fora, deixando os cães e os caçadores para trás. Por fim, penetrou num bosque cerrado e teve a pouca sorte de entalar as hastes nos ramos. Não consegui mexer-se e, passado pouco tempo, os cães deram com ele. Vendo a morte próxima o pobre veado gemeu bem alto: “Que tolo que fui! Orgulhei-me das minhas hastes, que eram o meu defeito, e desprezei as minhas pernas, que eram a única coisa que me podia ter salvado!”

MORAL: muitas vezes fazemos juízes errados, preferindo artes que não passam de enfeites, às coisas que nos são realmente úteis.

FÁBULA 31

A serpente e a lima

Uma vez, uma serpente entrou na oficina de um ferreiro, encontrou uma lima e começou a lambê-la por curiosidade. Quanto mais a lambia, mais a lima se cobria de sangue. Quanto mais a lima se cobria de sangue, mais a serpente a lambia, julgando tolamente que era a lima que sangrava e que era ela que levava a sua avante. A serpente continuou a lamber até não mais poder e então atacou a lima com os dentes, mas a lima era muito forte para os dentes da serpente e, em breve, o bicho desistiu e foi-se embora.

MORAL: É uma loucura atacar os outros apenas para atacar a nossa raiva, quando, com isso, apenas nos ferimos a nós mesmos.

FÁBULA 79

A raposa e a rã

Uma rã saiu do charco e, trepando para um alto, anunciou a todos quantos ali estavam que podia curar todas as doenças. Fez um grande discurso, servindo-se de muitas palavras erradas e pouco usuais, que ninguém compreendia. Por fim, apareceu a raposa. “Ai, podes curar todas as doenças?”, perguntou. “Então, minha amiga, diz-me, por favor, como te propões curar os outros quando tu própria tens o queixo de rabeca, uma cara pálida e miserável e uma pele cheia de manchas?”

MORAL: Não devemos armar-nos em professores dos outros, quando nós próprios cometemos os mesmos erros.


FABULA 25

O boi e a rã

Um grande, enorme, boi estava a pastar no prado, quando uma rã mais as suas rãzinhas apareceram aos saltinhos. A rã saltou-se, pasmada com o grande boi, e depois, olhando para a sua prole disse: “vejam, meus filhos, que grande e monstruosa criatura! E, agora, olhem bem e vejam se eu não me faço ainda maior do que ela!” A rã respirou fundo e começou a inchar, a inchar, até que, finalmente, rebentou.

MORAL: Por orgulho, inveja e ambição, as pessoas julgam-se maiores do que são e consideram os outros inferiores. Os que assim se comportam acabam por dar um grande trambolhão.

BIBLIOGRAFIA: ESOPO, Fábulas, Publicações Europa-América, Lisboa, [s.d]

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UM OUTRO FINAL PARA O CONTO "CIVILIZAÇÃO" DE EÇA DE QUEIRÓS


"Os arvoredos frondosos de Torges de um verde-vivo quase fluorescente, os riachos que espelhavam a exuberância das vinhas, os rochedos predominantemente graníticos, como que esculpidos pela própria mãe-natureza".Faltava algo naquele exercício de escrita realista, onde era notório existir uma sobrecarga de pormenores descritivos, que potenciavam o efeito do real, considerou Jacinto enquanto alisava o farto bigode.
E acrescentou ao razoado, escrito com incrível mestria, o voar e o zumbido de uma mosca.
Subitamente foi dominado por um tédio desmesurado. Sentia falta de todos os antigos aparelhómetros que faziam parte do recheio do Jasmineiro e que eram símbolos de uma civilização que recusara há algum tempo. Relembrava, com saudade, o telemóvel de última geração, o portátil que utilizava para escrever textos bucólicos, a PSP 2 com a qual se divertia em jogatanas demoradas em cenários multicolores.
Por outro lado, já tinha lido A Ilíada e ficara revoltado com a morte de Heitor, lera a História da Grécia, a muito custo, porque só possuía a versão em grego. Analisara criticamente o D. Quixote ao pé do moinho da sua herdade e, por fim, as Crónicas de Froissart.
A verdade é que sentia saudades de ler uma boa história em B.D e folhear, ao acaso, os inúmeros exemplares da sua hemeroteca.
Suspirava! Do mais fundo do seu ser ansiava por um cheeseburguer. Um bom cheeseburguer citadino, ladeado por batatas fritas, salada e pickles. Estava farto do caldo de galinha, da broa, do arroz com favas que o solicito Zé Brás lhe punha à frente.
E regressou! Apanhou, com uma urgência febril, o TGV no Poceirão. A extraordinária e rápida viagem terminou em Paris. Nessa tarde passeou calmamente na cosmopolita cidade, visitou o Louvre, rilhou um croissant frente ao Arco do Triunfo, foi à Opera e terminou o dia no "L´Ambroise", onde degustou um saboroso coq au vin.
O regresso ao Jasmineiro foi verdadeiramente épico e aí viveu "à grande e à francesa".

VIVE ET REGNA, FORTUNATE JACINTHE!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

FÚRIA DIVINA, por José Rodrigues dos Santos



Nesta obra.

O autor transporta o leitor até aos meandros da Al-Qaeda, recordando, de imediato, o 11 de Setembro e de como o mundo nunca mais foi o mesmo, desde então. Os terríveis e imprevistos acontecimentos que estão associados ao maior atentado ocorrido nos Estados Unidos, acabam por despoletar a imaginação de Rodrigues dos Santos, que potencia novos e imaginários conflitos relacionados com a Al-Qaeda.


No entanto existe uma novidade.

O protagonista é luso e chama-se Tomás de Noronha, um historiador e criptalista encarregue de decifrar um estranho código. Para tal foi abordado por uma operacional da CIA, Rebecca Scott que o leva até ao Afeganistão.



O muçulmano da história: Ahmed.

Este é um menino egípcio a quem o mullad Saad ensina o carácter pacífico do Islão. Mas aparece nas aulas da madrassa um novo professor, que lhe apresenta um Islão diferente, agressivo e intolerante. Ahmed vai crescer nestes ensinamentos e muda-se para Portugal. Em Lisboa vive incógnito, criticando tudo o que o rodeava. Mas tinha um destino a cumprir e esperava que chegasse o momento para agir.


Um momento crucial da intriga.

Tomás e Rebecca procuram desvendar a cifra que lhes atormentava o espírito,

6AYHAS1HA8RU.Uma pergunta se impõe, a partir deste momento, ao leitor: “É possível que a Al-Qaeda tenha a bomba atómica?”

A intriga vai-se adensando, no entanto, caberá ao leitor descobrir e “saborear” o que acontece a seguir...

Conclusão.

Este romance levanta uma questão que nos atormenta e que flagelou diariamente o mundo logo a seguir ao 11 de Setembro: a nossa segurança, a segurança pública, a segurança mundial. Que, aliás, se tornou quase numa fobia colectiva.

O autor.

José Rodrigues dos Santos agarra magistralmente o leitor à sua obra, utilizando uma escrita clara e fluida. Penetra, além disso, nos meandros do islamismo, procurando não emitir juízos de valor, mas apenas transmitir informações precisas e verídicas ao leitor. Recorre, inclusivamente, a um operacional da Al-Qaeda para que o mesmo reveja esta obra, afiançando da sua credibilidade. Estamos perante uma grande obra (até pelo número de páginas em causa) e acima de tudo um grande escritor que apresenta uma minúcia, clareza e empenho notórios, procurando interessar o leitor até ao fim da obra, através do”desenrolar do novelo” diegético.






domingo, 7 de novembro de 2010

A CONJUGAÇÃO PERIFRÁSTICA E O VELHO E O MAR




1 - Santiago ia começar a pescar (verbo auxiliar de valor inceptivo), quando um aeroplano passou sobre ele, rumo a Miami.

2 – Viver olhando as coisas belas (sobretudo as do mar), era o lema de Santiago.

3 – Estar a segurar a linha da sua cana de pesca, provocara no Velho um enorme desgaste físico.

4 – Devo continuar a tentar (verbo aspectual de valor durativo)! – pensou o Velho.

5 – Tenho de comer! (necessidade) – considerou o Velho, após muitas horas de um combate leal com o Peixe.

6 – Hei-de chegar à aldeia! (intenção de realização da acção) – prometeu o Velho para si mesmo.

7 – Ando a sofrer há vários dias e, agora, ainda terei de enfrentar estes galanos! (realização prolongada da acção)

8 – Vou estando como Deus quer! (realização gradual da acção) – disse para Manolim.

9 – Tenho de deixar de pescar! (verbo aspectual de valor pontual)

sábado, 6 de novembro de 2010

EM DEFESA DE O VELHO E O MAR


O Velho e o Mar não é um livro comum, mas antes um tratado implícito sobre a redacção de uma novela exemplar. E como fazê-lo? Seguindo o exemplo de Hemingway! Ou seja, utilizando poucas personagens, uma estrutura linear com o recurso pontual a analepses, uma linguagem simples que sirva a coerência narrativa e tudo isto em menos de 150 páginas (é crucial perceber que esta novela tem muito de autobiográfico, ou seja a mundividência do autor e alguns momentos da sua própria vivência estão lá presentes ). Todos estes ingredientes tornam a leitura muito interessante, fluente! E, como se costuma dizer (ou como o próprio Hemingway diria), as coisas simples são as melhores!
O conflito existente na diegése é, em simultâneo, extrínseco e intrínseco em relação ao protagonista. O Velho já não pescava há oitenta e quatro dias (antes já tivera uma situação semelhante) ! Assim, cabe a Santiago repor uma reputação construída ao longo de anos, fruto da sua competência, "das suas manhas". Considerava o velho pescador que "um homem pode ser destruído, mas não derrotado" (Hemingway, 2002: 9)e por isso reage. Solitário, pesca um enorme peixe "de listras purpúras", resiste aos tubarões que lhe devoram esse mesmo peixe, sempre com muita correcção, sempre com um código de honra que o orienta. De tal forma que considera o seu oponente marinho como um irmão, a quem muito respeita.
Na intriga existem frases marcantes (e elas são importantes nos grandes livros), mas há uma que determina tudo ou seja a alteração da forma como na aldeia consideravam o Velho e passo a citar: "Mas que peixe! - disse o proprietário. - Nunca se viu um peixe assim." (Hemingway, 2002: 129). Santiago tinha reposto a sua condição de grande pescador!
Do seu exemplo, da sua enorme coragem, resulta uma lição: para que se consiga "pescar um enome peixe" é preciso saber-se sofrer! Como diria Pessoa: "O super-homem é aquele que tiver maior capacidade de sofrimento!"
No final da história, Santiago volta a ser considerado por Manolim e por toda a aldeia como grande pescador e a felicidade do momento fá-lo sonhar com um episódio feliz passado em África: "O velho estava a sonhar com os leões" (Hemingway, 2002: 134).

RESTAURANTES E MENUS


Numa destas calendas foi lançado um desafio aos alunos: que fizessem um anúncio com todas as regras que lhe estão inerentes. O desafio não era de monta até que confirmaram, através de olhares incrédulos, que teriam de fazer um anúncio(e respectiva ementa) sobre um restaurante que tivesse um nome de um escritor. E, assim, surgiram alguns trabalhos...

RESTAURANTE ADOLFO CORREIA DA ROCHA
No Correia da Rocha há comida trasmontana todos os dias da semana!

Entrada: Tostas de pão ázimo com manteiga da montanha
Carne: Bichos fritos sob terra firme
Sobremesa: Mousse de Chocolate com fogo preso
Vinho: Tinto/branco da melhor vindima da criação do mundo

RESTAURANTE LUÍS VAZ DE CAMÕES
"Iguarias de além-mar"

Bebidas: vinho Lusíada; água natural; vinho do Porto à Adamastor
Sopas: sopa das sereias; sopa das naus
Pratos: pescada à poeta; sardinha na proa; bacalhau à Camões; arroz de polvo Boa Esperança; bife de vaca grelhado na nau
Sobremesa: musas de ovos;

RESTAURANTE EÇA DE QUEIRÓS
Um restaurante com pratos deliciosos, saborosos e baratos.

Sopa: caldo à Zé Brás
Pratos: Empadão dos três fidalgos; pata de porco à Frei Genebro; frango à Jacinto com arroz; peixe cozido entalado no elevador
Bebidas: vinho tinto de Obed; vinho branco de Torges; vinho envenenado à moda dos três irmãos; água do lago Tiberíade
Sobremesa: bolinhos à Eça

RESTAURANTE FERNANDO PESSOA
Venha ouvir Mafalda Veiga, enquanto se delicia com as melhores carnes, saladas e peixe, tudo a um preço acessível!

Pratos: bife à Pessoa; pescada à Alberto Caeiro; heterónimos de massa;

RESTAURANTE JÚLIO DINIS
Porque a Literatura também alimenta...

Pratos: cabrito à Pupilas do Senhor Reitor; vitela à Morgadinha dos Canaviais; leitão à moda da Família Inglesa

RESTAURANTE VERGÍLIO FERREIRA

Aperitivos: tostas com queijo da Serra e compota de Gouveia
Pratos do dia: sopa de palavras mágicas; galinha com batata doce

Ilha do Tesouro


CAPÍTULO III

1 - Descreve a dependência do "velho marinheiro" em relação ao rum.
2 - O que pretendiam os seus opositores?
3 - O que era, afinal, a "pinta preta"?
4 - O que aconteceu ao capitão no final deste capítulo e que efeitos teve esse acontecimento no narrador?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Auto da Índia - compreender a estrutura narrativa através de versos significativos

I - A EXPECTATIVA DA PARTIDA

CENA I

MOÇA(vv.1-2) Jesu! Jesu!que é ora isso?
É porque se parte a armada?
AMA (vv 3-4) Olhade a mal estreada!
Eu hei-de chorar por isso?
(vv 8-9) Por qual demo ou por qual gamo
ali má-hora chorarei?
(vv. 17-18) Dixeram-mo por mui certo
que é cert que fica cá.
MOÇA (vv. 20-21) Se eles já estão em Restelo
como pode vir a pêlo?

CENA II

AMA (monólogo) Deus me cumpra o que sonhei.

CENA III

MOÇA (vv. 47-48) Dai-me alvíssaras, Senhora,
já lá vai de foz em fora.

AMA (v. 54) Que chegada e que prazer!

(vv. 87-88) Pera que é envelhecer
esperando polo vento?
(v. 96) Quem sobe por essa escada?

CONTINUA...

BIBLIOGRAFIA: VICENTE, Gil, Auto da Índia, edição didáctica comentada por Mário Fiúza, Porto, 1979.

QUESTÕES SOBRE A ILHA DO TESOURO DE ROBERT LOUIS STEVENSON

CAPÍTULO I
1 – Como se chama o narrador? Caracteriza-o.

2 – Quem lhe pede que passe a escrito todas as aventuras relacionadas com a Ilha do tesouro?

3 – Descreve o marinheiro que se alojou na hospedaria “Almirante Benbow”.

4 – Que tipo de narrativas mereciam a preferência do “velho marinheiro”?

5 – Apesar de tudo “o velho marujo” era apreciado. Comenta.

6 – Quem acaba por ser, no início da narrativa, o seu opositor declarado?

CAPÍTULO II
1 – Neste capítulo surge uma nova personagem. Quem é?

2- Afinal qual acaba por ser o grande problema de Bill?