G.S. Clark, filólogo, descobriu, muito recentemente, um maço de manuscritos cuja datação remonta aos épicos tempos da guerra de Tróia. Neles, Clark encontrou e decidiu revelar ao mundo um novo ser mitológico, o IC 19.
Numa publicação científica intitulada “Estranhos Seres”, Clark descreveu este ser obnóxio, que só sossega perto das cinco da manhã. Atentemos nas palavras do estudioso:
“O IC 19 é polviforme. O seu corpo é constituído por chapas metálicas e alcatrão, sendo a tonalidade predominante do seu disforme corpo, o cinzento. Vive num habitat bem definido entre Sintra e a Segunda Circular.
Este monstro, que ruge sobretudo de manhã, exala odores semelhantes aos que provêm dos tubos de escape das nossas grandes cidades (n. e - referia-se a Londres). O seu rude linguarejar faz lembrar um conjunto de buzinas. Os seus olhos, raiados de sangue, lembram dois faróis ligados no máximo.
Este ser é absolutamente imprevisível: ora se enche abruptamente, ora se esvazia sem qualquer explicação. Na mitológica guerra entre as IC e as IP, destacou-se dando a vitória às primeiras.”
«A vida não é feita para construir, mas para semear. Na ampla dança de roda, desde o início até ao fim, passa-se e espalha-se a semente. Talvez nunca a vejamos nascer porque, quando despontar, já não existiremos. Não tem qualquer importância. O que importa é deixarmos atrás de nós qualquer coisa capaz de germinar e de crescer»,in Tamaro, Susanna, «A Alma do Mundo», Editorial Presença, 1998, p. 196.
Sintra
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