Nesta obra.
O autor transporta o leitor até aos meandros da Al-Qaeda, recordando, de imediato, o 11 de Setembro e de como o mundo nunca mais foi o mesmo, desde então. Os terríveis e imprevistos acontecimentos que estão associados ao maior atentado ocorrido nos Estados Unidos, acabam por despoletar a imaginação de Rodrigues dos Santos, que potencia novos e imaginários conflitos relacionados com a Al-Qaeda.
No entanto existe uma novidade.
O protagonista é luso e chama-se Tomás de Noronha, um historiador e criptalista encarregue de decifrar um estranho código. Para tal foi abordado por uma operacional da CIA, Rebecca Scott que o leva até ao Afeganistão.
O muçulmano da história: Ahmed.
Este é um menino egípcio a quem o mullad Saad ensina o carácter pacífico do Islão. Mas aparece nas aulas da madrassa um novo professor, que lhe apresenta um Islão diferente, agressivo e intolerante. Ahmed vai crescer nestes ensinamentos e muda-se para Portugal. Em Lisboa vive incógnito, criticando tudo o que o rodeava. Mas tinha um destino a cumprir e esperava que chegasse o momento para agir.
Um momento crucial da intriga.
Tomás e Rebecca procuram desvendar a cifra que lhes atormentava o espírito,
6AYHAS1HA8RU.Uma pergunta se impõe, a partir deste momento, ao leitor: “É possível que a Al-Qaeda tenha a bomba atómica?”
A intriga vai-se adensando, no entanto, caberá ao leitor descobrir e “saborear” o que acontece a seguir...
Conclusão.
Este romance levanta uma questão que nos atormenta e que flagelou diariamente o mundo logo a seguir ao 11 de Setembro: a nossa segurança, a segurança pública, a segurança mundial. Que, aliás, se tornou quase numa fobia colectiva.
O autor.
José Rodrigues dos Santos agarra magistralmente o leitor à sua obra, utilizando uma escrita clara e fluida. Penetra, além disso, nos meandros do islamismo, procurando não emitir juízos de valor, mas apenas transmitir informações precisas e verídicas ao leitor. Recorre, inclusivamente, a um operacional da Al-Qaeda para que o mesmo reveja esta obra, afiançando da sua credibilidade. Estamos perante uma grande obra (até pelo número de páginas em causa) e acima de tudo um grande escritor que apresenta uma minúcia, clareza e empenho notórios, procurando interessar o leitor até ao fim da obra, através do”desenrolar do novelo” diegético.
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