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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Equador"

Sempre gostei de ler… ainda me lembro quando tinha aí uns 12, 13 ou 14 anos e durante as férias de verão (os inesquecíveis 3 meses, ai que saudades…) em que lia um livro por dia. As colecções dos 5 dos 7, a Agatha Christie, o Sherlock Holmes… e por aí em diante.

Se tiver de dizer a importância da leitura na minha vida, apenas respondo: faz parte de mim e do que eu sou.

Após meses e meses de leituras obrigatórias, chegam aqueles momentos em que tenho mais tempo livre e digo: - Agora vou ler o que eu quero! O que me apetece!

Sempre fui contra “as modas”, resisti sempre a ler o que era a moda do momento, mas confesso que há quatro anos uma colega me disse: - Lê o "Equador" do Miguel Sousa Tavares, tenho a certeza que vais gostar.
Eu pensei logo que não, talvez mais tarde, quando já não fosse “moda”, mas apenas respondi: - não tenho tempo, estou cheia de trabalho.
Ela insistiu e no dia seguinte trouxe-me o livro e disse: - devolves quando quiseres.
Quando olhei para o livro e vi o número de páginas, logo pensei que não sabia quando o conseguiria terminar. Estava cheia de trabalho (dava aulas em duas escolas) e a época não era a melhor.
Olhei para a minha colega, ri e disse-lhe. – Devolvo-to daqui a três meses.
Nesse dia não o pude abrir, nem no seguinte, mas ao terceiro dia lá comecei a ler.
Acreditem ou não, após cinco dias tinha lido o livro! De relembrar que como disse anteriormente, dava aulas em duas escolas, e claro tenho de dar atenção à família. Ainda me lembro de ser 1h da manhã e o meu marido me chamar e dizer que eu tinha de ir trabalhar no dia seguinte, pois levanto-me sempre às 7h.

Não perdi um episódio quando a série foi feita na TVI. Admirável! Mas nada se iguala à imaginação do leitor quando lê um livro. Nunca fui a África, mas mentalmente viajei por esses espaços, nessa época, junto das personagens.

O Miguel Sousa Tavares criou um texto com incrível mestria, onde o visualismo, criado pelas descrições pormenorizadas, permite a leitura fluida, conseguida pelo uso de uma linguagem clara e apelativa e um enredo, de tal intensidade, que consegue “agarrar” o leitor ao texto.

A todos os que viram a série, ou não, recomendo, usem o vosso tempo livre e deleitem-se com este livro.

Sandra Marques

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