«A vida não é feita para construir, mas para semear. Na ampla dança de roda, desde o início até ao fim, passa-se e espalha-se a semente. Talvez nunca a vejamos nascer porque, quando despontar, já não existiremos. Não tem qualquer importância. O que importa é deixarmos atrás de nós qualquer coisa capaz de germinar e de crescer»,in Tamaro, Susanna, «A Alma do Mundo», Editorial Presença, 1998, p. 196.
Sintra
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
DEDICATÓRIA
É verdade que não morreu!... Todos assim à minha volta?!
Setenta e oito anos de eterna juventude. A jovialidade era, ao caso, uma auréola imediatamente perceptível, exuberante.
E aquele sorriso representava o Eterno Feminino, nuns lábios em tons de rosa que articulavam as palavras de uma forma muito própria.
Palavras ditas com classe!
É verdade que não morreu...porque é impensável que isso aconteça!
Aquele espírito é eterno, tão marcante como as pedras milenares. Vive o espírito numa terra que sempre foi a sua, apesar de lá não ter passado a maior parte da vida. Vive envolto pela maresia, em tardes de Inverno, aconchegado por quentes camisolas de lã branca. E paira nos promontórios onde as gaivotas nidificam e onde se perde de vista um imenso mar em tonalidades de azul e verde.
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Passa pela brancura das casas térreas, luminosas, envoltas em faixas de azul marinho... E está onde os barcos de pesca se vão afastando de terra até à linha do horizonte em movimentos sincopadamente belos.Essas eram e são as suas raízes!
É verdade que não morreu, por isso a vejo agora a sorrir!
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