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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

UM OUTRO FINAL PARA "A FARSA DE INÊS PEREIRA"




Pêro - Chega! Uma cousa é a personagem que represento,
outra é o eu verdadeiro.
Que raio, afinal também tenho sentimentos e isto é um ultraje!
Recuso levá-la para junto do Ermitão.
Lá porque o seu primeiro casamento correu mal (rilha entretanto uma pêra) …

Inês - Marido cuco me levades
E mais duas lousas.

Pêro - ASSI NÃO SE FAZEM AS COUSAS!
ASSI NÃO SE FAZEM AS COUSAS!
NÃO FAZEM, NÃO!

Inês - Mas (surpreendida)…no guião diz-se que eu vou às suas costas.

Pêro - Recuso-me. Até porque tenho espondilose!

Inês - (cantarolando) Carregado ides, nosso amo,
com duas lousas.

Pêro - Escusa de insistir, Inês. Não vou. Fico!
Não sou parvo!

Inês - Mas era a sua deixa..
Agora teria de dizer “Pois assi se fazem as cousas.”

Pêro - Isso era antes, Inês. Agora acabou.
Ouça verdadeiramente a sua mãe.
Está a ver aqueles dois (apontando para Latão e Vidal)?
Peça-lhes que a levem às costas. Eu vou-me!

Inês - Mas, Pêro (suplicando, desesperada). Ouça, ouça…e as lousas?
O que faço com as lousas?

Pêro - (voltando-lhe as costas) Dê-as ao Ermitão…depois de ter subido esse enorme morro!


E assi se vão, e se acaba o dito Auto.

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