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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Évora – Aemerita Augusta (Mérida)


Um percurso de visita pelo Alentejo é também uma viagem às memórias de um país. São várias as fortificações existentes ao longo deste trajecto e estas são testemunhas privilegiadas de fortaleza, de protecção, de instabilidade, de crença numa pátria, de medo e horror. Avistam-se da A6 e surgem paulatina e surpreendentemente aos olhos do viajante, como se este visionasse um qualquer filme histórico.
O tempo ameno e os tons macilentos da tórrida planície são inesquecíveis. A primeira paragem obrigatória é Évora (Património Cultural da Humanidade), local onde reluz um legado cultural dos mais ricos do país, fruto da presença regular da monarquia portuguesa. Cidade onde o frescor e o cálido coexistem.
Évora do recinto megalítico de Almendres, Évora das ruas medievais, da Praça do Giraldo, da Catedral, do Castelo Velho, da Universidade, do aqueduto da Água de Prata,da igreja da Graça, da praça de Sertório, do templo de Diana, das casas caiadas de branco e das sombras contrastantes dos interiores do casario. Évora é isto, mas é também o seu povo, carismático, integrado no cenário da cidade.
Esta viagem, que marca para sempre a nossa memória individual, é também um roteiro pela gastronomia - sobretudo pela experiência inesquecível que é degustar uma sopa de cação. Sabores únicos que se diluem na planície!
Em Estremoz outros monumentos que nos embevecem: O castelo, a igreja matriz de Santa Maria, a capela da Rainha Santa, o Pelourinho, a igreja de Santiago, o Museu de Arte Sacra, etc. Em Vila Viçosa o paço Ducal, a capela real, o Museu de Arte Sacra.
Porque nós somos esses monumentos!
Terra de Florbela Espanca, sempre omnipresente. E a fortaleza da sua poesia, gerada por uma personalidade sensível, incorpora a solidez daqueles mármores alvinegros.
Elvas, terra de justas e de encontros da realeza Ibérica, loca de transição para a Estremadura.
Daí até aos prémios de Augusto. Mérida, nasceu das ofertas de terras aos legionários reformados, que obtiveram a sua recompensa após o seu (longo) dever militar.
O Teatro Romano é impressionante, é como se regressássemos ao passado através de uma máquina do tempo que ainda não foi inventada. À frente do palco o coro, antes três saídas, o cenário e…seis mil lugares. Uma acústica soberba, fruto do engenho humano. Mesmo ao lado, o Anfiteatro, onde ainda se pressente os gritos dos gladiadores e o ardor das corridas de quadrigas. As pontes e o templo de Diana. As pontes e o Arco de Trajano.As pontes!
Como nos relacionamos com esta antiga cidade? Só desta forma: Mérida foi a capital da Lusitânia!

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