Sintra

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Sintra - Portugal vale a pena!

domingo, 25 de março de 2012

Um soneto pseudo-camoniano elaborado a partir de uma música da atualidade (qual?)

Pode clamar alto…

Pode clamar alto, que eu, de si, nada oiço,
Também eu, ó pobre criatura, sei que falo
Tão alto, mas confesso que me não ralo.
Criticado? Como se estivesse no calaboiço!

Todas as suas balas, em mim ricocheteiam.
Pode tentar derrubar-me; logo me levanto;
Nada tenho a perder, não verá meu pranto,
É que eu sou de titânio, o que todos anseiam.

Atinja-me, mas estou certo de que cairá
Na cidade-fantasma, que tão assombrada é.
Mesmo que erga a sua voz, dela não sairá.

Paus e pedras podem quebrar os meus ossos;
Continue a disparar, que eu clamo ao alto
É que eu sou de titânio e avesso a remorsos.

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