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terça-feira, 26 de abril de 2011

II ACTO- ESPECTÁCULO DE FINAL DO ANO LECTIVO


Os sonhos daquela criança, que regressa entretanto à premência febril da realidade, ficam para trás como nuvens que vão desaparecendo na voragem do horizonte.
Na mente dessa criança, entretanto arrebatada pelos pais, soam, apenas, fonemas imperceptíveis, que adicionados, na sua memória mais recente, se conjugam numa língua cheia de força, de energia, símbolo da honra oriental.

É preciso sair do cais. Estabelecer essa ligação inexorável entre a terra e o mar. Na mente de todos aqueles marinheiros, que preparam o velame, na ânsia de passar o Cabo da Boa Esperança, acresce a necessidade de navegar que lhes transmite o ânimo necessário. Destino final: Calecut, a Índia exótica, o suposto paraíso.
A frota parte, ainda de manhã. Passa Diu. Passa Goa. Passa Malaca. É grande o esforço dos nautas que se confrontam com os turcos, que enfrentam a pirataria, que padecem de escorbuto, de fome… (todo este sofrimento é representado, em palco, por inúmeros petizes que fazem movimentos de bicicleta, iluminados por uma significativa combinação entre o escuro da noite e das luzes artificiais).
Se é difícil transpor obstáculos que cabem no imaginário dos humanos, muito mais é enfrentar Adamastores, Cilas e Caribdis. Estes monstros são projecções virtuais, fruto de uma realidade que atormenta toda aquela marinhagem (em palco alguns alunos dependurados, simulam esses monstros do fim do mundo).
Em Calecut o sol reflecte-se, em tons de laranja, em toda a água do porto. E as águas do porto também reflectem a azáfama no cais. O corrupio é indescritível e são muitos os navios, repletos de bandeiras multicolores. A bordo da frota portuguesa o espanto é do tamanho do mundo. Os marinheiros emudecem. (abre-se um cortinado, em palco. Simboliza a visão do Novo Mundo. Mas a cordialidade inicial do Samorim dá lugar à incompreensão. Em palco ocorre uma simulada luta entre sabres e espadas).

III ACTO

O sonho dos marinheiros é toda aquela cidade multicultural, dourada pelo sol. A cidade branca, que se confronta com a cidade negra, a cidade das sombras (em palco, alunos simulam essa luta, acentuada por jogos de luz).
Fecha-se o pano.

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