«A vida não é feita para construir, mas para semear. Na ampla dança de roda, desde o início até ao fim, passa-se e espalha-se a semente. Talvez nunca a vejamos nascer porque, quando despontar, já não existiremos. Não tem qualquer importância. O que importa é deixarmos atrás de nós qualquer coisa capaz de germinar e de crescer»,in Tamaro, Susanna, «A Alma do Mundo», Editorial Presença, 1998, p. 196.
Sintra
quarta-feira, 6 de março de 2019
O português do Brasil, segundo Maria Helena Mira Mateus et alii (cf. «Gramática da Língua Portuguesa» de sua autoria)
1- Nível fonológico
- Vogais átonas pouco reduzidas: exemplos «partir», «morar»
- Palatização de /t/ e de /d/ antes de /i/ tónico e átono e de /e/ postónico: «pedi», «bati»
- Semivocalização do /l/ em final de sílaba e de palavra: «animal» e «Brasil»
- Supressão ou valoração do /r/ final: «amar», «senhor»
- Ausência de palatização de sibilantes de final de sílaba e de palavra: «mesmo», «meninos»
- Introdução de /i/ epentético entre duas consoantes: «cap[i]tura», «p[i]neu»
2- Nível morfológico e sintático
- Utilização e colocação das formas casuais dos pronomes pessoais (sujeito, objeto direto e indireto):
- eu vi ele na rua
- Quero-lhe conhecer
- Me diga uma coisa
- João se levantou
- Construção aspetual:
- estava brincando; vinha correndo
- Emprego dos verbos ter e haver
3- Formas de tratamento
- Utilização predominante de «você»
4 - Nível de léxico
- Vocábulos de origem tupi («guri», «capim», «mingau») e de origem africana («caçula», «moleque»)
Carlos Fernando
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