«A vida não é feita para construir, mas para semear. Na ampla dança de roda, desde o início até ao fim, passa-se e espalha-se a semente. Talvez nunca a vejamos nascer porque, quando despontar, já não existiremos. Não tem qualquer importância. O que importa é deixarmos atrás de nós qualquer coisa capaz de germinar e de crescer»,in Tamaro, Susanna, «A Alma do Mundo», Editorial Presença, 1998, p. 196.
Sintra
quarta-feira, 20 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Uma possível correção para a prova de Expressão Escrita - Prova Intermédia de 2013; 9º ano
Hugo leu um dos seus poemas aos alunos da turma. Ele que era conhecido no mundo das novelas.
-Extraordinário! – Exclamou Pedro.
Todos ficaram admirados, porque não esperavam que aquele ator, aquele homem que conferia tanta importância ao mundo da moda, ao aspeto exterior dele mesmo e dos que o rodeavam…era também uma fonte ininterrupta de um mundo interior, que produzia gotas de poesia, em forma de tinta azul que contrastava e se unia com o papel branco da sua agenda pessoal. Hugo era não só um modelador do seu corpo, mas também das palavras que ia repensando e relacionando de forma invulgar. Um produtor de metáforas que iam fervilhando na sua mente, ao longo do dia, e que obrigavam os que as liam a pensar e, ao mesmo tempo, a deleitar-se.
- Sim, é verdade, eu escrevo, pinto, porque estas atividades me enriquecem, me seduzem. – Confirmou Hugo, respondendo de imediato a Pedro – O que é ser poeta…ainda por cima um poeta musculado? É ser mais alto do que os homens, como diria Florbela? É ter um traço de loucura, como diria Herberto Hélder? É verter para a escrita a voz da terra, como confirmaria Torga? É expor um novelo interior, como o fez Pessoa? É falar de heróis, como o fez Homero? É teorizar, como o fez Aristóteles? Não sei, sei apenas que me sinto bem quando escrevo. Não faço sonetos, nem quadras, nem penso em versos isométricos… escrevo apenas!
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