Sintra

Sintra
Sintra - Portugal vale a pena!

sábado, 22 de outubro de 2011

AUTOSOMAGRAFIA


Aos pessoanos:

A partir do repto de Fernando Pessoa: “FECI QUOD POTUI, FACIANT MELIORA POTENTES”, surgiu um poema de pacotilha, quiçá obra de um …pseudo-supra-Fernando Pessoa.

AUTOSOMAGRAFIA

O poeta é (REALMENTE) um sofredor,
Padece tão atrozmente
Que, quando chega essa dor, pensa:
“-Esta é a dor que também a Ophélia [o meu bebé querido] sente!”

Percebem o que eles sofrem?!
[No caso do poeta] é tão grande a artrite que tem,
Que só com Zyloric a resolve
E, por ela, grita como ninguém.

Parece que lhe passou por cima uma roda,
Que lhe fez inchar do pé o dedão,
Pela Baixa deambula e [a muito custo] pensa:
“-Não…”Isto” não é imaginação!”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

BACK TO SCHOOL….



Regressamos às aulas… a euforia é contagiante, ver os novos amigos, o material ainda por estrear, etiquetado e pronto a ser usado.
Quem disse que só os alunos anseiam este dia?
Após os meses de Verão, também eu anseio pelas novas turmas, os novos rostos iluminados para voltar às suas rotinas.
Quando estudante adorava aqueles dias antes das aulas começarem, o material escolar era comprado, todo devidamente rotulado, os livros ainda “cheiravam ” a novos e eu olhava para todos, com ânsia de os usar.
Passam os anos e os rituais mantêm-se, quando olho para os alunos, todos contentes com os seu material escolar, as meninas com os estojos, cadernos, afias e restante material da Barbie, Hello Kitty ou Hanna Montana, os rapazes que preferem os super- heróis, Faísca Mcqueen, Ronaldo, Jonas Brothers ou clubes de futebol, faço uma viagem ao passado.
Lembram-se como era? Tempos inesquecíveis!
Apesar de uma parte dos meus alunos serem jovens/adultos aos quais isto passa completamente ao lado, também lecciono a disciplina de Inglês aos mais pequenos.
Confesso que do 1º ao 4º ano não consigo seleccionar qual o ano mais interessante, mas há sempre uma magia especial no 1º ano.
Quem não se lembra do 1º dia de aulas?
E, é vê-los todos orgulhosos, por já estarem na escola dos grandes.
Primeiro dia de aulas, conseguir sentá-los todos e que permaneçam calados, já é uma tarefa árdua. Já viram uma criança de seis anos a brincar? Agora imaginem até 26 todos juntos numa sala de aula!
Ah, e mais importante… apenas um adulto para tomar conta deles!
Um espectáculo!
Apesar do que possa parecer, confesso que adoro!
Claro que a voz desaparece, muitos litros de água ou chá têm de ser bebidos para restabelecer a voz, mas no fim da aula o coração está cheio!
No fim da primeira aula, já sabem que temos o nosso cumprimento e a despedida (sempre em Inglês, claro!) E que a professora, não se chama professora, mas sim Teacher! (muitas vezes confundido como um nome próprio daquela professora que para eles fala uma língua estranha). Já sabem também as regras a cumprir na aula da Teacher, pôr o dedo no ar para falar, estar sentado correctamente, ter sempre o material, nunca falar com os colegas do lado, enfim… coisas difíceis de cumprir!!
No dia seguinte, teremos de repetir tudo, eram muitas regras, já esqueceram a maior parte! Mas os sorrisos nunca faltam e os beijinhos?? Uiii mais que muitos se a Teacher deixar! Abraços também existem em fartura.
E mal chega a Teacher à sala e, antes mesmo da educadora que os acompanhou à sala sair, já estão a olhar para a Teacher e dizer (sem mesmo ter pedido permissão para falar) : “- Teacher, hoje estás muito bonita!”
E pronto… como se pode resistir a isto??

sábado, 15 de outubro de 2011

VALORES CLÁSSICOS E VALORES CRISTÃOS


1- IDEIAS MORAIS E POLÍTICAS DOS ROMANOS (cf. PEREIRA, Maria Helena, Estudos de História da Cultura Clássica – II volume, 2ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1989, pp. 319- 417)

IDEIAS E VALORES COM TANTOS SÉCULOS (ANTES DE CRISTO), MAS INACREDITAVELMENTE ACTUAIS…

FIDES – respeito pelo dever; fidelidade ao juramento; o garante da lei;
PIETAS – sentimento de obrigação para com pais, filhos e parentes; veneração do divino;
VIRTUS – De vir (homem); coragem (o exemplo de Múcio Cévola);
GLORIA – Ser considerado bom pelos homens de bem; ligação com a honra (honor); fama pelos bons actos e para com o bem comum, facto que é testemunhado por todos os que rodeiam um determinado indivíduo;
HONOR – A Honor está ligada ao vir honestus (Pereira, 1989: 338);
DIGNITAS – Segundo Cícero, consiste numa autoridade honesta; ligação com a posição social, o prestígio e a honra pessoal;
GRAVITAS – Qualidade exclusivamente romana (não existia entre os gregos). Vir gravis – o homem sério, grave;
MOS MAIORUM – Costumes dos antepassados. Segundo Énio: “Nos costumes e varões antigos se apoia o estado Romano;” (Idem: 348). A figura de Anquises;
AUCTORITAS – Trata-se de um valor romano e intrínseco; conceito da esfera política e moral, que muito se relaciona com a Virtus; A Auctoritas de Augusto;
CLEMENTIA – Conceito muito ligado às figuras de César e Augusto; actos de clemência praticados pelos imperadores;
CONCORDIA – palavra que traduz homonoia (palavra grega), ou seja harmonia no modo de pensar e de sentir (Ibidem: 364); em consonância com pax, consensus, libertas;
LIBERTAS – Liberdade; apanágio do povo romano que contraria a servitus; o cidadão liberto e virtuoso;
OTIUM CUM DIGNITATE – Tranquilidade e dignidade, associadas à honra; apologia das pessoas equilibradas, tranquilas; o otium intelectualmente produtivo; o estudo;
LABOR- Trabalho; esforço; Na Eneida toda a acção do protagonista é um labor; Referência clássica: labor omnia vincit;
SAPIENTIA – valor grego: Sophia; a libertação em relação à estultícia; o vir fortis sapiensque;
HUMANITAS – Deriva de humanus, mais ainda de homo;

2 - OS VALORES CRISTÃOS – OS DEZ MANDAMENTOS (cf. Cleto, D. Albino et alii, Catecismo da Igreja Católica, Coimbra, 1993)

1º - Adoração ao Senhor;
2º - A santidade do nome do Senhor;
3º - O dia do Senhor;
4º - A família no plano de Deus;
5º - O respeito pela vida humana;
6º - O amor dos esposos;
7º - O respeito pelas pessoas e pelos seus bens; o amor aos pobres; a justiça social;
8º - Viver em verdade;
9º - A purificação do coração;
10º - A desordem das cobiças;

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

30 Questões sobre os capítulos IV a X, de A Ilha do Tesouro de R.L. Stevenson


7º ANO


1. Quem era o pedinte?
2. O capitão Flint era temido na aldeia?
3. Que reflexão faz o narrador sobre a cobardia? (p.23)
4. Que aviso recebeu o Capitão?
5. O que havia no interior da arca?
6. Quantos eram os piratas que se dirigiram à “Almirante Benbow”?
7. O que pretendiam?
8. “ - O que eu quero é o papel do Flint”. Quem disse isto?
9. Como morre Pew?
10. Descreve a casa do doutor Livesey.
11. Descreve o Morgado.
12. Comenta a expressão do morgado: “À vista de Flint, o Barba Negra era uma criança.” (p. 33)
13. O que estava escrito nos papéis de Flint?
14. Fala sobre o mapa da ilha (p.35)
15. Qual era o grande defeito de Trewalney?
16. Como se chamava a escuna onde Jim embarcou?
17. Caracteriza-a (p.39)
18. Quem era Long John Silver?
19. E Arrow? (p.41)
20. No final do VII capítulo existe uma descrição da actividade do porto de Bristol e uma descrição dos homens do mar. Desenvolve esta ideia.
21. A “Casa do Óculo” era propriedade de quem?
22. Como é descrito Long John Silver? (p. 44)
23. Que pensa Jim acerca de Silver? (p.47)
24. Que relação existia entre Trewlaney e o capitão Smollett? (p. 49)
25. Alguém sabia do propósito daquela viagem?
26. Quem embarca nesta aventura? (p.53)
27. Quantos narradores existem nesta história?
28. Arrow tinha autoridade sobre a tripulação? (p. 55)
29. Silver era corajoso? (cf. p. 56)
30. “Trepei para dentro do barril”. Comenta o que acontece de seguida a Jim. (p.58)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Composição - Eneida

Depois de teres estudado A Eneida, redige um texto desenvolvendo a seguinte frase:

“ [um varão, Eneias] a sofrer tantas provações e a enfrentar tantas dificuldades, [mas que veio] para as praias de Lavínio” (Virgílio: 2003, 14)

Bom trabalho!

História do jornalismo


30 QUESTÕES SOBRE A HISTÓRIA DO JORNALISMO

7º ANO

Pesquisa sobre este assunto. Depois responde às seguintes questões:

1. Como terá surgido o jornalismo?
2. Informa-te junto do teu professor de História sobre como eram feitas as trocas de comunicação entre os gregos e os romanos.
3. Como eram divulgadas as notícias durante a Idade Média?
4. Em que século foi inventada a tipografia?
5. Que importância teve a invenção de Gutenberg, nesta questão?
6. Como evoluiu a tipografia durante o Renascimento?
7. Em que século surgiram os primeiros jornais?
8. E em Portugal?
9. Qual a importância dos jornais e dos jornalistas durante a Revolução Francesa?
10. O século XIX foi o século dos jornais diários?
11. Das agências de notícias?
12. Do telégrafo?
13. Quais as vantagens da invenção do telefone e do telégrafo?
14. Onde surgiu a ideia da estrutura da notícia em “lead” e “corpo da notícia”?
15. Afinal o que é o “lead” e o que significa a palavra em si?
16. Qual a importância do jornalismo no contexto da 1ª Guerra Mundial?
17. Conheces jornais americanos?
18. E durante a Revolução Russa?
19. Conheces jornais russos?
20. Refere o papel da imprensa durante a 2ª Grande Guerra. O que mudou em relação à 1ª Grande Guerra?
21. A descoberta da rádio foi importante?
22. Qual o papel da imprensa durante o estado Novo, em Portugal?
23. Refere jornais portugueses dessa época.
24. E a Internet? Veio alterar todo o panorama informativo?
25. E o twitter?
26. E o facebook?
27. Estarão os jornais impressos em perigo?
28. Quais deverão ser as apetências fundamentais para quem quer ser jornalista?
29. Como se modificou o panorama informativo em Portugal, nos últimos 35 anos?
30. Como projectas o futuro da imprensa, no mundo?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

UM OUTRO FINAL PARA A ENEIDA



- Como é cara? É hoje que você vai nos vencer? – Este foi o implícito desafio lançado por Eneias a Turno. Da sua boca, repentinamente, surgiram outras questões. A expressão do centro-avante do Fluminense denunciava a fúria própria de quem vem cimentando o ódio há largo tempo – Você vai hesitar hoje, bicho? Quero ver você marcar mais golos do que eu! Vamo´bora, vamo lá lutar, cara!
Nesse dia solarengo o Maracanã estava a abarrotar. A torcida dos dois “times” agitava-se, mas enquanto se perfilavam as duas equipas antes do início do jogo, Eneias recordava um passado não muito distante.
Carioca de origem, cedo tinha emigrado para a Grécia, para o célebre Beksitas. Um olheiro turco tinha pressentido que estaria ali um jogador de enorme futuro. Com ele foram outros brasileiros: Anquises, zagueiro experiente em final de carreira; Acates, um lateral-esquerdo de grande compleição física e Ascânio, um outro centro-avante, sub-17.
O contingente brasileiro fez prosperar o clube turco, que se tornou poderosíssimo, fazendo um brilharete na complicada Liga dos Campeões.
Eneias revelava-se progressivamente como grande jogador e as suas economias, enviadas para o Brasil, permitiram à família a aquisição de uma casa de férias, na terra de origem do seu pai. Foi ao largo de Setúbal, em Portugal, num istmo paradisíaco, Tróia de seu nome, que a família deste herói comprou (a pronto) um grandioso T3, onde todos passavam férias e se deliciavam com o peixe assado da terra do célebre Mourinho.
Mas como o bem nem sempre dura, o clube turco foi comprado por um grupo de investidores gregos pertencentes à firma Agamémnon&Menelau, lda.
Estes negociantes gregos trouxeram com eles…alguns jogadores gregos: Aquiles, Calcas e Ajax. A Eneias só lhe restava o regresso ao Brasil e ao seu amado Fluminense. E, foi por essa altura, que conheceu Lavínia, filha de um industrial brasileiro. Lavínia vivia em Copacabana e era tal a sua beleza que era conhecida como a “menina do Rio”.
Eneias, “Né” para os amigos, ficou embasbacado assim que a viu, numa esplanada no Leblon, mas percebeu que, a seu lado, estava sentado alguém que ele bem conhecia dos relvados brasileiros, o temível Turno.
Havia pouco tempo que Turno regressara de Itália. Jogara no Inter, mas as saudades do seu país falaram mais alto que os euros e as pastas que tanto apreciava. Regressou para jogar no Flamengo e, aí, voltou a revelar uma tremenda acutilância e codícia pelo golo.
- Lavínia, meu bem, vamos na lanchonete? - Perguntou com convicção.
- Mas, você não tem de seguir uma alimentação cuidada e racional? Pergunto: você pode comer sorvete? – Inquiriu ela, desconfiada.
- Concerteza!
Antes do clássico Fla-Flu, Lavínia prometera que iria ao cinema, para ver a multicolorida animação “Rio”, com aquele que marcasse o melhor golo. Eneias e Turno iriam lutar por isso.
- As suas palavras férvidas não me assustam, feroz jogador! Apenas receio o Destino! – Foi com estas palavras ressentidas, meneando três vezes a cabeça, que Turno resolveu aceitar o desafio de Eneias.
E o jogo começou. Decorreu com tal intensidade, que a “torcida”, sorvendo goles de Guaraná, exultava de emoção.
Próximo do final o embate não se decidia a favor de ninguém e o resultado nulo mantinha-se teimosamente. Até que, por um acaso do destino, Turno ficou isolado. A sua corrida era vertiginosa, mas, a determinada altura, a bola pareceu-lhe pesar uma tonelada. Por isso, foi perdendo a noção de si e a corrida terminou numa simples marcha. A acção dos deuses era tremenda: os joelhos de Turno fraquejavam e um calafrio gelou-lhe o sangue. Olhou para as bancadas, mas nada viu, nem a sua própria irmã.
Perante a hesitação de Turno, Eneias roubou-lhe o esférico e, com grande energia, fez um contra-ataque mortífero. Por essa altura, penetrou na zaga do Fla e, frente a Anteu, o goleiro, rematou. A bola, atingindo o próprio Anteu, acabou por entrar na baliza.
Foi o delírio nas bancadas e a “torcida” do Flu clamou por Eneias e este não perdoou. Nas bancadas, Lavínia parecia estar convencida sobre o mais valoroso guerreiro. Eneias bradou, então, para Turno:
- Você não vai escapar, cara! No jogo anterior, você marcou um miserável golo a Palante, o nosso goleiro. Agora vai haver sangue!
Após ter proferido estas palavras, fez um tremendo (ou massive, como dizem os ingleses) remate de trivela, marcando um golo memorável, que fez entrar em delírio todo o Maracanã.
Nessa noite, Eneias e Lavínia, felizes, viram “Rio” e trocaram juras de amor.

domingo, 2 de outubro de 2011

Hoje lanço o desafio de falar sobre os clássicos para jovens alunos do 3º ciclo...









De vez em quando há que voltar a reler os clássicos, para nos deixarmos envolver pela genialidade dos mesmos e ir absorvendo sempre novas interpretações e diferentes perspectivas sobre as obras, já tantas vezes lidas.


Hoje escrevo sobre o grande poeta da Literatura Inglesa, nem mais nem menos do que…WILLIAM SHAKESPEARE.


Já não sei quantas obras li e reli deste dramaturgo dos séculos XVI / XVII, mas não me canso de o fazer. Como afirmei anteriormente, há sempre algo novo a aprender com uma nova leitura.


William Shakespeare, para os mais distraídos, e caso não saibam, foi um poeta e dramaturgo Inglês e entre as suas obras mais conhecidas, temos os Sonnets (um conjunto de 154 sonetos) e peças de teatro como Romeu e Julieta, Rei Lear, MacBeth, ou Hamlet. Desta última deveremos recordar a famosa frase: “To be or not to be, that’s the question”, ou na língua de Camões: “Ser ou não ser, eis a questão”.


Como muitos poetas, a genialidade de William Shakespeare, não foi reconhecida no seu tempo, mas só mais tarde, no século XIX foi devidamente aclamado e em pleno século XXI as suas obras são constantemente lidas, encenadas ou estudadas. Obras intemporais, como só os grandes poetas sabem fazer!


A obra que seleccionei, foi nem mais nem menos que Hamlet. Que sumariamente se explica como sendo uma tragédia em que o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, o rei, que fora envenenado pelo próprio irmão, Cláudio, que após a morte do rei assumiu o trono e casou com a Rainha Gertrudes, a mãe de Hamlet.


Parece-te complicado?!


Nesta peça vamos encontrar os devaneios, a loucura de Hamlet, perturbado pela dura realidade, contada pelo fantasma do seu pai. A coexistência do Mal e do Bem, na natureza humana, é uma das grandes preocupações do autor e a temática central da peça.


Gostaria que partilhassem connosco a vossa opinião sobre as peças de Shakespeare, Hamlet ou outra da vossa eleição, e a ser outra a peça seleccionada, justifiquem o porquê dessa selecção.